As avós já diziam: “É de menino que se torce o pepino.” E alguém era burro de tentar segurar aquele moleque com ginga de negão que fez o queixo de todo mundo cair com seu passinho para trás que todo mundo tentava imitar e ficava amador. Da Motown à Marte, se bobear, quis dar uma passadinha na lua com seu moonwalk. O grande inventor do grande passinho do século XX. Se bobear até um pivete de cinco anos de hoje ainda vai tentar imitar. E quando tentar seu pai vai cantar “Thriller”. O garoto vai gostar sem saber de quem é. E o pai vai dizer que fez muito aquilo nas festinhas.
O mundo não consultou Hitchkock para mudar o significado da palavra Thriller. Em 1982 o nosso menino da Terra do Nunca resolveu fazer seu próprio cinema. Deu o nome de vídeoclip quando botou a imagem pra namorar sua música ainda com sotaque de negão. Sotaquezinho bom esse com cara de língua oficial ou como é que a gente chama o disco mais ouvido na história?
Quem sabe o Olodum que batucou em seu clip no Brasil passe um fax-batucada como um lamento de fãs como eu para o tchau do menino que encheu daqueles adultos insuportáveis do showbussiness, famintos atrás de resultados que não deixaram mais ele brincar por aqui até que fizesse um novo hit. O menino ficou bravo com tanta pressão. Resolveu se esconder. Botou máscara para ninguém lhe achar. Escondeu-se tão bem que nem ele mesmo se descobriu.
Quem sabe lá no céu nosso astro do pop, que se achava estranho por ter talento numa terra do nunca ser, mas sempre parecer; quem sabe por lá nosso hitchmaker de porcelana possa voltar a sorrir e inventar mais um passo para essa humanidade que não pára de correr sem saber para onde ir.
Dica da semana:
O talento do nosso Michael Jackson vale um momento cabecinha no almofadão para rever Thriller, Bad, I will be there e ABC entre outras. Um pouco de côr nas almofadas, please: Helena Castello Branco – Patchwork
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